Creio que a verdadeira esperança vai muito além das palavras e até mesmo das ações, é um dom de Deus que passa a habitar em nós pelo poder do Espirito Santo, a partir de uma experiência pessoal com Cristo. Portanto, não acontece de fora para dentro, e sim de dentro para fora.
Talvez, seja por isso que Jesus deu preferência aos discípulos que não apenas repetiram fórmulas aprendidas ou simplesmente narraram experiências dos outros, mas que, de fato, viveram como testemunhas da esperança! Tudo me leva a crer que os critérios não mudaram, porque o mundo, cada vez mais, carece de pessoas que propagam esperança com o seu modo de acolher, trabalhar, sorrir e amar. Principalmente de amar, porque a força que brota da experiência constante com Cristo, torna a pessoa cheia de esperança a ser capaz de acreditar no amor, mesmo quando ele parece ter perdido as suas razões. Aliás, é nesta hora que temos a oportunidade de corresponder ao apelo de Cristo, expresso no Evangelho de Mateus, capitulo 5: “Porque se amardes somente os que vos amam, que recompensa tereis?”.
Papa Francisco traduziu de maneira encantadora e concreta a nossa missão como “testemunhas da esperança” durante audiência geral (4 outubro/2017), diz ele: “A fé e a esperança cristãs não são somente um otimismo, mas algo a mais; é como se as pessoas que creem, tivessem um “pedaço de céu a mais” sobre suas cabeças, são conduzidos por uma uma esperança tão forte que o mundo sequer consegue intuir (…). E quando o céu se apresenta todo nublado, é uma grande bênção ter uma pessoa que sabe falar do sol. Por isso, o verdadeiro cristão não é lamuriento nem mal-humorado, mas convencido, pela força da ressurreição, de que nenhum mal é infinito, nenhuma noite é sem fim, nenhum homem é definitivamente errado, nenhum ódio é invencível diante do amor e a injustiça não é a última palavra na vida. Em Cristo ressuscitado, podemos continuar a ter esperança”.
Dijanira Silva